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Manutenção do turbo

Para garantir uma maior durabilidade do turbo do seu automóvel deve periodicamente rever o seu estado de conservação. Com a maior facilidade e sem dispensar muito tempo marque uma revisão do seu turbo para evitar estragos desnecessários.

Sintomas a vigiar

EXISTEM ALGUNS SINTOMAS que refletem problemas no turbocompressor. Verifique com regularidade o nível do óleo do motor. Se baixar anormalmente (mais de 1 litro a cada 1000 km se o carro já não andar em rodagem) é bem possível que esteja a ser consumido pelo turbo. Se isso acontecer, o fumo que sai do escape é azulado, principalmente em aceleração. Um silvo forte no momento da aceleração pode significar que o turbo já teve melhores dias, ainda que possa ser apenas o desequilíbrio do veio, que pode ser afinado numa reparação. Se o carro perde fulgor até aos 80 km/h e mostrar enorme apatia em subir de regime, é sinal de que algo não está bem. Verifique se sai muito fumo negro do escape. Se isso acontecer, prepare-se para despesas avultadas: o turbo “morreu”.

Regras básicas para preservar o turbo

MANUTENÇÃO – Um turbo é muito sensível à qualidade do óleo do motor. Por isso é importante respeitar a marca e a viscosidade preconizadas pelo construtor, assim como os intervalos de manutenção. Em vez de andar a juntar óleo aos poucos, sempre que sentir que o carro anda a consumir este lubrificante em demasia, opte por fazer mudanças de óleo intermédias entre revisões. Assim, assegurará uma melhor lubrificação, pelo menos com mais qualidade, de todo o sistema. Não se esqueça que cada mudança de óleo tem de ser acompanhada pela respetiva substituição do filtro de óleo.

RESPEITE O AQUECIMENTO – As variações térmicas que acontecem de forma rápida podem danificar as peças móveis, onde se inclui o turbo. Espere que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento antes de começar a “puxar” por ele. Inversamente, depois de fortes solicitações, como um trajeto em autoestrada ou uma estrada de montanha, tente, na medida do possível, baixar o regime do motor antes de o desligar.

NÃO DESLIGUE LOGO O MOTOR! – A pressão de óleo é vital para o bom funcionamento do turbo e é gerida pelo próprio motor. Se cortar esta pressão enquanto o turbo ainda roda (por inércia), o desgaste precoce vai aconte-cer. Se for recorrente nesta prática, será fatal. Mas pergunta o leitor, “e agora com os sistemas ‘start/ stop’, que o carro desliga assim que se pára?” A resposta é simples. A gestão do motor é tão bem feita, que o carro apenas se desliga no caso de não ser prejudicial para nenhum dos órgãos mecânicos, onde se inclui, invariavelmente, o turbo. Por isso, esta questão está salvaguardada.

LIMPEZA MENSAL – Cada vez mais evoluídos, os turbos são compostos por peças móveis que canalizam o ar em função do regime do motor (geometria variável). Esta é uma tecnologia muito sensível e que precisa de trabalhar, de ter movimento. E com a utilização que se dá hoje em dia aos carros Turbodiesel, maioritariamente em cidade, grande parte destas peças não têm o movimento que deveriam ter. Assim, pelo menos uma vez por mês proceda a uma “limpeza” em autoestrada e role durante algum tempo a uma velocidade elevada. Assim, vai conseguir que o turbo se mantenha em forma. Num motor Diesel, isto vai permitir, igualmente, limpar o filtro de partículas.

DE OLHO NO DEPÓSITO – Evite rolar com pouco combustível no depósito. Assim assegura que a bomba elétrica consegue puxar combustível suficiente em curvas, subidas ou descidas. Andar na reserva facilita a acumulação de sujidade no depósito e o consequente entupimento dos órgãos periféricos. Um deles pode ser o turbo. Ou seja, fica de imediato sujeito a despesas adicionais.

O preço de uma anomalia
Em alguns casos pode ser necessário fazer uma limpeza ao sistema turbo que basicamente passa por tirar toda a gordura provocada pela presença de óleo ou limpar o carvão que se acumula junto da geometria variável. Se sentir falta de potência é sinal de algo não está bem com este elemento.

 A limpeza de um turbo vai custar-lhe, em média, entre 150 a 200 euros, no caso de ser necessário desmontar a peça. 

Pode ainda optar por um turbo reconstruído que lhe vai custar entre os 300 e os 350 euros. E não vale a pena “torcer o nariz”. Há muitas empresa no mercado que fazem excelente trabalhos de reparação do turbo. A reparação deste elemento passa por três processos: reparação do atuador da geometria variável, verificação do tempo de resposta do sistema e, por fim, calibração do turbo.